Em uma série de sucessivas altas, o dólar comercial encerrou as negociações nesta segunda-feira cotado a R$ 5,65, uma alta de quase R$ 0,10 em relação ao último pregão, no qual o câmbio terminou o pregão em R$ 5,58. É o maior valor de fechamento desde o dia 11 de janeiro de 2022. Lá fora, outras moedas de países emergentes também se desvalorizaram.
O câmbio operou perto da estabilidade durante a maior parte do dia, mas começou a disparar por volta das 16h e bateu a máxima de R$ 5,65. Analistas não sabem ao certo qual pode ter sido o gatilho para esta alta em específico, mas destacam que o mercado segue estressado com a incerteza no cenário econômico local e internacional.
Nos Estados Unidos, os juros futuros operaram em forte alta nesta segunda, o que tende a valorizar a moeda americana e também pode acabar contribuindo para pressionar o desempenho da curva de juros por aqui. Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano com vencimento em dez anos subiram oito pontos-base, para 4,48%. Analistas avaliam as possíveis implicações econômicas do resultado da eleição presidencial em novembro, após o candidato Donald Trump sair vitorioso do primeiro debate. O temor é de que o republicano traga um viés protecionista e de mais gastos públicos.