Dólar sobe 0,25% e fecha em R$ 5,47
O dólar encerrou esta segunda-feira em alta de 0,25%, cotado a R$ 5,47, interrompendo uma sequência de quedas após a mudança no tom do governo sobre o equilíbrio fiscal. A moeda americana rondou a estabilidade durante o dia, que foi marcado por uma agenda esvaziada. Analistas disseram que o mercado aproveitou para reajustar suas posições.
Lá fora, o índice DXY (que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas) subia 0,13% por volta das 17h.
Mais cedo, o boletim Focus, do Banco Central, mostrou que o mercado continua elevando suas projeções para o IPCA em 2024, e casas de análise veem impacto do reajuste de preços nos combustíveis anunciados pela Petrobras nesta segunda pesando sobre a inflação nos próximos dois meses.
Ibovespa sobe com Petrobras
Líderes mundiais saudaram o resultado dos franceses, incluindo Lula aqui no Brasil, mas os olhos logo se voltaram para outra surpresa: o aumento do preço da gasolina anunciado pela Petrobras (PETR4). O Ibovespa, que vinha desenhando uma queda robusta, imediatamente respondeu, impulsionado pela alta de um dos seus pesos mais pesados – PETR4 terminou com mais 2,45%.
“A nova CEO [Magda Chambriard] entregou a mensagem transmitida durante a sua primeira interação com analistas de investimentos, na qual a estratégia de preços dos combustíveis foi reafirmada. Acreditamos que este foi um movimento importante, que acrescenta credibilidade à continuidade de outras políticas importantes, como a distribuição de dividendos e os padrões de governança corporativa, mesmo que um aumento já fosse esperado há muito tempo, na nossa opinião”, aponta o Morgan Stanley, para quem a nova gestão inicia o mandato com o pé direito na estratégia de preços.
O Goldman Sachs pondera que, “por um lado, continuamos a ver preços da gasolina abaixo da paridade internacional e com margens de crack spread – a diferença de preço entre um barril de petróleo bruto e um barril de combustível, um indicador das margens brutas – negativas”.