O dólar caiu 1,30% nesta quarta-feira (11), fechando a R$ 5,9682, com mínima de R$ 5,9512. Esse movimento representa uma queda de 0,40% na semana, um ganho de 0,77% no mês, e um avanço de 24,61% no ano. No mercado de ações, o Ibovespa recuou 0,12%, fechando a 128.382 pontos, acumulando uma alta de 1,81% na semana, 2,04% no mês, mas uma queda de 4,44% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
No cenário doméstico, os investidores estão atentos à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros, com expectativa de um novo aumento da taxa Selic. Analistas projetam uma alta entre 0,75 ponto percentual e 1 ponto percentual, refletindo um cenário de aperto monetário que pode continuar no futuro.
Além disso, a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,39% em novembro, uma desaceleração em relação a outubro (0,56%). Apesar de vir acima das expectativas do mercado (0,34%), a inflação ainda indica que o Banco Central deve manter a Selic elevada por mais tempo.
O cenário fiscal do país também permanece no radar, com o governo federal buscando aprovação de um pacote de cortes de gastos no Congresso. Para garantir apoio parlamentar, o governo planeja liberar R$ 3,2 bilhões em emendas PIX, somando aos R$ 7,8 bilhões em emendas impositivas já anunciadas.
Expectativas externas: EUA no foco
Externamente, o foco está nos dados de inflação dos Estados Unidos, que subiram 0,3% em novembro, a maior alta desde abril. O índice anual de inflação atingiu 2,7%, ligeiramente acima dos 2,6% registrados em outubro. Este dado é relevante para o Federal Reserve (Fed), que analisa a inflação ao definir sua política de juros. Além disso, a criação de empregos nos EUA, embora tenha se acelerado em novembro após furacões e greves, ainda sugere um enfraquecimento gradual do mercado de trabalho, o que pode levar o Fed a cortar juros em sua próxima reunião.
G1