A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta segunda-feira, dia 23, que a venda de títulos por meio do programa Tesouro Direto será suspensa na terça-feira, dia 24, por causa da greve dos servidores do órgão. De acordo com um comunicado, a paralisação impede a realização de operações de venda de títulos, afetando os investidores que utilizam o programa para adquirir papéis do governo federal.
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Segundo o Tesouro Nacional, a interrupção nas vendas ocorre por limitações operacionais geradas pela adesão dos funcionários à greve, o que inviabiliza o processamento das compras. Todos os agendamentos de compra previstos para 24 de setembro serão automaticamente cancelados. O órgão orienta que os investidores reprogramem suas aquisições para datas posteriores ao dia 24.
Apesar da paralisação, o comunicado esclarece que os resgates antecipados de títulos e os agendamentos para essa operação seguirão funcionando normalmente. “Os investidores poderão resgatar seus investimentos normalmente no Programa, caso desejem”, afirma a nota do Tesouro Nacional.
Outros impactos
O movimento dos servidores entrou na sétima semana consecutiva. Eles são a única categoria que tem grandes chances de ficar de fora de um reajuste no próximo ano, devido ao envio do projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias ao Congresso Nacional.
Os efeitos da greve são especialmente visíveis nas operações de crédito externo envolvendo estados, municípios e empresas estatais, além das auditorias e certificações conduzidas pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Atrasos
A reunião trimestral da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), que seria realizada na última semana, foi suspensa devido à impossibilidade de o Tesouro Nacional se manifestar sobre pedidos de garantias em operações de crédito. Sem nova data definida para o encontro, o fluxo de concessão de créditos com recursos externos fica comprometido, afetando a capacidade de estados, municípios e estatais de acessar esses recursos.
Além das operações externas, a greve também impacta negociações de reprogramação de contratos de crédito interno. Estados como Bahia e Pará já tiveram suas negociações canceladas. Esses processos, embora não envolvam diretamente recursos externos, dependem da atuação de servidores do Tesouro, cuja paralisação afeta o andamento dos acordos.
Programas fundamentais do governo, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa de Financiamento à Exportação (Proex) e Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), também estão sendo afetados pela greve.
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