
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e um grupo de estados vão processar a produtora de shows e eventos Live Nation Entertainment por violações antitruste relacionadas ao controle incomparável de sua subsidiária Ticketmaster sobre a venda de ingressos para shows, de acordo com pessoas familiarizadas com o caso.
Leia mais:Nvidia: gigante dos chips de IA surpreende outra vez com alta de 628% no lucro no 1º tri
A ação deve ser apresentada no Distrito Sul de Nova York amanhã, disseram. A disputa visa buscar soluções, incluindo o desmembramento da Live Nation, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas por estarem discutindo informações confidenciais.
As ações da Live Nation caíram 10% no final do pregão após a reportagem da Bloomberg sobre o processo planejado pelo Departamento de Justiça.
O Departamento de Justiça se recusou a comentar. A Live Nation não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.
A ação é o mais recente processo antitruste movido pelo governo Biden, que fez da concorrência um componente-chave de sua política econômica, movendo processos contra empresas como o Google, da Alphabet, e a Amazon.com.
A Live Nation, maior promotora de shows dos EUA, fundiu-se com a gigante de venda de ingressos Ticketmaster em 2010. O Departamento de Justiça, do presidente Barack Obama analisou a transação e permitiu que ela fosse adiante como parte de um acordo no qual a empresa prometeu que não retaliaria as casas de shows que optassem por não usar a Ticketmaster.
Sob a administração do presidente Donald Trump, o departamento de Justiça descobriu que a Live Nation havia violado repetidamente essa promessa e entrou em um acordo modificado com a empresa em 2019 para impor um monitor externo para investigar outras alegações.
O governo de Joe Biden abriu uma nova investigação sobre a empresa em 2022, em meio a preocupações contínuas de que a Live Nation não havia cumprido os termos do acordo. O caso despertou um interesse público generalizado depois que a Ticketmaster não atendeu à enorme demanda por ingressos para o show da cantora Taylor Swift no final daquele ano.
O Departamento de Justiça de Biden já entrou com processos duplos de monopolização contra o Google e, em março, processou a Apple por supostamente impedir a inovação em seu iPhone.
A Comissão Federal de Comércio, que aplica conjuntamente as leis antitruste, está tentando forçar a Meta Platforms a vender suas unidades do Instagram e do WhatsApp e processou a Amazon no ano passado por monopolização de serviços de mercado on-line.