Campina Grande, um dos centros culturais da Paraíba, vive um momento especial com as gravações do curta-metragem Habeas Pinho, incluindo sets em rádio e na feira. O projeto tem como base o poema Homônimo, do renomado poema de Ronaldo Cunha Lima, e é liderado por sua filha, Gal Cunha Lima, como produtora executiva em uma emocionante homenagem ao legado de seu pai.
Participam do projeto Lucas Veloso, como Ronaldo Cunha Lima, Mayana Neiva, como a cantora Dafne Cabral e Juzé faz o seresteiro Paulo, que tem seu violão apreendido. A direção e roteiro são de Nathan Cirino e Aluízio Guimarães, ambos campinenses, e colaboração de Gal, que trouxe informações valiosas sobre seu pai para enriquecer a narrativa.
Gal descreve a experiência com grande emoção. “Chorei o tempo todo e, quando falo, ainda me emociono”, conta relembrando o primeiro dia ao ver o ator Lucas Veloso caracterizado como Ronaldo ao lado de Mayana Neiva, que interpreta Dafne Cabral. “É um sonho sendo realizado com uma equipe maravilhosa, profissionais competentes, um elenco lindo e tudo correndo super bem. Quando às vezes aparece alguma coisinha, tenho certeza que, lá de cima, Ronaldo e sua turminha abrem as portas e fazem, ‘vai por aqui, faz isso’. O filme está sendo construído com muito amor, respeito, alegria e harmonia. E só tenho a agradecer, vamos entregar um produto lindo e deixar isso para a eternidade, como o poeta sempre quis”, destaca.
Dando vida a Ronaldo, Lucas Veloso conta a ansiedade para iniciar o projeto. “Era um medo bom, de cuidado e cautela com a história e o personagem. Minha intenção maior é imprimir Ronaldo, desaparecer Lucas, não estou imitando, é realmente ser. Espero passar a mensagem de Habeas Pinho, do Ronaldo humanista, de coração grande e contribuir com a minha arte para que este trabalho fique ainda mais bonito”, comenta o ator.
A personagem Dafne Cabral é uma cantora da Rádio Borborema, que vai deflagrar essa história toda do Habeas Pinho, interpretada por Mayana Neiva. A atriz ressalta suas origens na cidade e o carinho pela história de Campina Grande. “Tenho muito prazer em fazer esse trabalho com pessoas que também são artistas locais, contando a história de um ícone da nossa cidade”, conta.
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Valério Lima, produtor do filme, reflete sobre o desafio e a honra de reviver uma parte da história paraibana: “As filmagens estão indo muito bem e estamos enfrentando o desafio de recriar a década de 60 com cenografia e figurinos autênticos. É uma honra fazer parte deste projeto e ver a obra do poeta Ronaldo Cunha Lima, que já discutimos há anos e agora com uma pré-produção de cinco a seis meses idealizando e ver sair do papel, da imaginação e se transformando em cinema é muito prazeroso”, revela.
Habeas Pinho
O curta-metragem retrata um episódio marcante da vida de Ronaldo Cunha Lima, baseado no poema Homônimo que narra sua luta para recuperar o violão de um seresteiro que foi confiscado pela polícia. Com um forte compromisso com a autenticidade histórica e a qualidade artística, Habeas Pinho promete ser uma homenagem emocionante ao legado de Ronaldo Cunha Lima e um marco na cena cultural de Campina Grande. O projeto conta com captação de recursos via Lei Rouanet.