A Elf Beauty, gigante da maquiagem de baixo custo, anunciou na última quarta-feira a aquisição da Rhode, marca de beleza fundada pela modelo Hailey Bieber, por US$ 1 bilhão — a maior compra de sua história. O negócio inclui US$ 800 milhões em dinheiro e ações, com a possibilidade de outros US$ 200 milhões atrelados ao desempenho da marca nos próximos três anos. O fechamento está previsto ainda para este ano, de acordo com informações da CNN.
Criada em 2022 por Bieber ao lado de Michael D. e Lauren Ratner, a Rhode registrou US$ 212 milhões em vendas líquidas no último ano fiscal, encerrado em março. Com apenas 10 produtos no portfólio — que inclui itens de cuidados com a pele, maquiagem e acessórios — a marca se destaca pelo forte apelo digital e engajamento nas redes sociais, onde Hailey possui grande presença desde antes do seu casamento com Justin Bieber. Só no Instagram, a modelo possui 55 milhões de seguidores.
De acordo com a CNN, a Elf descreveu o modelo da Rhode como “poderoso”, citando filas e esgotamentos frequentes dos produtos. Hailey Bieber continuará envolvida como diretora de criação e inovação da marca, cargo que já ocupa atualmente. Em janeiro, a Rhode anunciou sua entrada na Sephora na América do Norte e Reino Unido.
A Elf, que domina o segmento de beleza entre o público jovem, vê a aquisição como uma oportunidade para ampliar a presença da Rhode no varejo e em mercados internacionais. Sua unidade global foi a que mais cresceu no último ano, com alta de 60%, segundo o CEO Tarang Amin.
Apesar da expansão, a empresa enfrenta desafios. Cerca de 75% da produção da Elf vem da China e está agora sujeita a tarifas de 55%, como parte da guerra comercial com a China iniciada pelo ex-presidente Donald Trump. Para mitigar os impactos, a Elf anunciou que aumentará os preços em US$ 1 a partir de 1º de agosto e não divulgou projeções para este ano fiscal devido à incerteza sobre tarifas.
Ainda assim, a companhia reafirma seu compromisso com a cadeia produtiva chinesa, que vem sendo desenvolvida há mais de duas décadas. “Acreditamos que nossa cadeia de suprimentos na China é uma vantagem competitiva”, disse Amin. No último ano fiscal, mesmo com pressões externas, a Elf viu suas vendas crescerem 28%.
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