Na última sexta-feira (6), um grupo de trabalhadores recrutados na Paraíba foi resgatado de condições de trabalho extremamente precárias, semelhantes à escravidão. Os homens foram atraídos para trabalhar em uma construtora em Goiânia, Goiás, mas ao chegarem, depararam-se com uma realidade muito diferente da prometida.
A operação, realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), resgatou 15 trabalhadores que prestavam serviços a uma grande construtora de edifícios residenciais de luxo na cidade. Os trabalhadores não recebiam o salário acordado e enfrentavam condições degradantes que resultaram em fome.
Além dos paraibanos, outros trabalhadores foram recrutados na Bahia para trabalhar na mesma construtora. No local, foram encontradas condições extremamente inadequadas, com a fiscalização identificando problemas graves, como a contratação irregular de migrantes com promessas falsas de pagamento, falta de cobertura das despesas de transporte e ausência de alimentação, conforme exigido pela legislação trabalhista.
De acordo com a fiscalização do MTE, todos os trabalhadores, contratados por meio de um intermediário, foram resgatados e tiveram seus contratos rescindidos, recebendo apoio, incluindo passagens, para retornar aos seus estados de origem.
As construtoras envolvidas terão que indenizar os 15 trabalhadores em um total de R$ 135.861,58, sendo R$ 100.208,87 em verbas rescisórias e R$ 35.652,71 por danos morais individuais. A denúncia foi feita pessoalmente pelos trabalhadores na sede da Superintendência Regional do Trabalho em Goiânia.
O Ministério do Trabalho e Emprego reafirma seu compromisso em combater a exploração e garantir os direitos dos trabalhadores, promovendo um ambiente de trabalho digno e seguro. A fiscalização foi coordenada pelo MTE, com a colaboração do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da PRF.
Fonte: MaisPB