Consórcio: Entenda como funciona essa modalidade de autofinanciamento

Consórcio é uma modalidade de autofinanciamento que pode ser vantajosa para quem planeja a aquisição de bens ou serviços a médio e longo prazo

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Consórcio de carro (Foto: Reprodução)
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O consórcio é um sistema de autofinanciamento em que pessoas físicas ou jurídicas se unem para formar um fundo coletivo, destinado à aquisição de bens móveis, imóveis ou serviços. A gestão desses grupos é feita por administradoras de consórcios, que necessitam de autorização do Banco Central e são reguladas por este órgão.

Criado no Brasil nos anos 1960, o consórcio surgiu como uma alternativa à falta de crédito disponível à época. Inicialmente, foi utilizado por funcionários do Banco do Brasil para comprar automóveis. Com o tempo, outras categorias de bens, como imóveis e serviços, foram incorporadas ao sistema. A atividade é regulamentada pela Lei 11.795/2008.

Funcionamento

No consórcio, os participantes pagam parcelas periódicas para formar um fundo comum, que financia a aquisição dos bens ou serviços. A cada período, a administradora realiza sorteios e permite lances, que determinam quais membros terão acesso antecipado ao crédito.

Um grupo de consórcio é formado por pessoas físicas ou jurídicas com o objetivo comum de adquirir bens ou serviços. Os participantes podem ingressar em grupos em formação ou já existentes. No primeiro caso, a administradora tem 90 dias para formar o grupo a partir da adesão de cada membro.

O lance é uma proposta de antecipação de parcelas para aumentar as chances de contemplação. A contemplação ocorre quando o participante é sorteado ou vence um lance, recebendo, então, o crédito para aquisição do bem ou serviço.

Vantagens e desvantagens

Entre as vantagens, o consórcio não exige entrada e pode ter custos menores do que financiamentos convencionais. Contudo, o consorciado precisa estar ciente de que a aquisição do bem pode demorar, dependendo de sorteios ou da capacidade de dar um lance competitivo.

Os consórcios envolvem taxas de administração e, eventualmente, contribuições para fundos de reserva e seguros, cujos valores são estabelecidos em contrato. As parcelas e o valor do crédito são reajustados conforme índices definidos, como o IPCA ou a tabela de preços das montadoras, no caso de veículos.

Riscos

O principal risco é a demora na contemplação, além de eventual inadimplência, que pode resultar na exclusão do grupo e na perda de valores pagos. A escolha de uma administradora confiável, autorizada pelo Banco Central, é fundamental para minimizar esses riscos.

Regulação

A atividade das administradoras de consórcios é regulada e fiscalizada pelo Banco Central, que também disponibiliza informações sobre as instituições autorizadas.

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Redação
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