Conheça o viagra eletrônico: dispositivo pode ajudar homens com disfunção erétil

Doença atinge cerca de 150 milhões de homens no mundo. 30% não respondem ao tratamento com comprimidos e precisam de injeções e próteses penianas

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Estima-se que 150 milhões de homens no mundo enfrentem o constrangimento de não conseguirem ter uma ereção durante a relação sexual após os 40 anos. No Brasil, a prevalência é de aproximadamente 50% após os 40 anos, algo em torno de 16 milhões de homens. Um novo dispositivo, criado por um brasileiro e atualmente em fase de testes, promete resolver o problema da disfunção erétil com um simples acionamento por controle remoto.

O chamado CaverSTIM, também conhecido como “viagra eletrônico”, funciona de maneira similar a um marcapasso. Este neurotransmissor tem eletrodos que são implantados cirurgicamente na região pélvica. Quando acionado pelo controle remoto, o dispositivo envia estímulos aos nervos responsáveis pela ereção.

Apesar de precisar ativar, o que os pesquisadores reforçam é que a ativação é discreta. É possível deixar o controle na mesa de cabeceira, por exemplo, mesmo local onde guarda camisinhas, e ativar discretamente enquanto pega um preservativo.

Atualmente em fase de testes, o “viagra eletrônico” está sendo utilizado em pacientes que tiveram a próstata removida, cujos nervos frequentemente são lesionados durante a cirurgia, resultando em disfunção erétil. O dispositivo, acionado por controle remoto e acompanhado por médicos, entrega estímulos aos nervos para restaurar a função erétil. Após alguns meses de uso, 12 pacientes conseguiram retomar a vida sexual normal sem a necessidade do controle remoto.

Por que é tão inovador?

Atualmente, o tratamento mais comum para disfunção erétil é o uso de citrato de sildenafila (Viagra) ou tadalafila (Cialis). Em 2023, o serviço de saúde britânico distribuiu mais de quatro milhões de medicamentos para disfunção erétil, um número recorde. No entanto, 30% dos homens não respondem a esses medicamentos e precisam recorrer a métodos mais invasivos, como injeção peniana e prótese, que podem causar constrangimento durante o sexo.

A injeção peniana, aplicada de cinco a quinze minutos antes do sexo, estimula a circulação de sangue no pênis, levando à ereção, mas pode causar constrangimento por precisar ser aplicada próximo ao momento da relação. Outra opção é a prótese peniana, que envolve a implantação de dois cilindros ao longo do pênis e uma bomba no saco escrotal. Para obter uma ereção, o paciente precisa bombear o dispositivo.

É um constrangimento porque nenhuma das duas opções é natural para a pessoa que tem a disfunção. Ter que bombear ou aplicar uma injeção na hora do sexo quebra o clima. A ideia do dispositivo é trazer conforto e discrição — Rodrigo Araújo, brasileiro envolvido na pesquisa.

Fase de testes

O produto está em fase de testes com pacientes nos Estados Unidos, Austrália e Brasil. Até agora, 12 pacientes receberam o dispositivo e o utilizam há pelo menos seis meses.

Os pesquisadores relataram que não houve efeitos colaterais e consideraram a fase inicial um sucesso. A próxima etapa é expandir o teste para 150 homens, com a expectativa de apresentar o dispositivo aos órgãos reguladores e lançá-lo no mercado até 2027.

Fonte: G1

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Redação
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