Conab diminui previsão da safra de grãos para 2023/2024

El Niño teve forte influência negativa desde o início do plantio até o desenvolvimento das lavouras, afetando a produtividade

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Lavoura de soja no noroeste do Rio Grande do Sul afetada pela seca em fevereiro de 2023 — Foto: Deise Froelich/Emater

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) diminuiu em 8% a previsão da safra de grãos 2023/2024 em comparação com a temporada anterior. A estimativa é que o Brasil produza 294,1 milhões de toneladas de grãos em uma área de 78,53 milhões de hectares.

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De acordo com o sétimo levantamento de safra da Conab, o fenômeno El Niño teve uma forte influência negativa desde o início do plantio até o desenvolvimento das lavouras, afetando a produtividade média, que caiu de 4.072 quilos por hectare para 3.744kg/ha.

– Para enfrentar um problema dessa dimensão, uma das soluções mais eficazes é a produção de insumos agrícolas eficientes. O ideal no desenvolvimento das culturas é introduzir o conceito de que as plantas mais saudáveis e bem estruturadas produzem melhor, sem aumentar o investimento e gerando lucros maiores para o agricultor – diz Luiz Eugênio Pontes, diretor comercial da empresa Fertsan.

A marca desenvolveu um conceito de biomoduladores fisiológicos combinados com nanotecnologia. As fórmulas desenvolvidas “estimulam o desenvolvimento completo, desde o processo de enraizamento, e ainda estimula a defesa natural das plantas”, explica Pontes.

A colheita da soja abrange 76,4% da área cultivada no país, com uma produção estimada de 146,52 milhões de toneladas. Isso representa uma redução de 5,2% em relação ao ciclo anterior e de 9,6% em relação à estimativa inicial da Conab. A produção de milho deve cair significativamente, 15,9% ao considerar as três safras, chegando a 110,9 milhões de toneladas. A Conab prevê uma redução de 8,1% na produtividade.

Durante a temporada agrícola de 2022/2023, os efeitos do El Niño afetaram as plantações em todo o território brasileiro. As chuvas irregulares e as ondas de calor contribuíram para o aumento da incidência de pragas e condições de estresse. Foi nesse contexto que os novos insumos se destacaram, protegendo as plantações e mitigando os problemas decorrentes dos desequilíbrios no fornecimento de água e nas temperaturas.