Brasil tem 5,5 contas bancárias por habitante; veja como se dividem entre bancos tradicionais e digitais

Ao todo, são 1,086 bilhão de contas abertas atualmente no país

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Bancos desafiantes crescem mais, mas brasileiro ainda quer agência física — Foto: Freepik

O número médio de contas bancárias por pessoa chegou a 5,5 em 2023, um aumento de 70% desde 2020. O dado, levantado pela consultoria Oliver Wyman, considera contas de pessoas físicas e jurídicas: no mesmo período, o número de empresas registradas no sistema financeiro dobrou e a quantidade de indivíduos bancarizados cresceu 34%. Ao todo, são 1,086 bilhão de contas abertas atualmente no país.

Apesar dos bancos tradicionais terem 88% dos correntistas, o crescimento da cartela foi moderado. A grande expansão se deu nos chamados “desafiantes digitais”, que chegou a 72% dos correntistas. Na geração Z, formada por indivíduos de 18 a 29 anos, as instituições financeiras digitais já ultrapassaram os bancos tradicionais em número de correntistas. Quase nove em cada dez (89%) dos correntistas dessa faixa etária têm conta em bancos desafiantes, contra 76% do estrato geracional que tem conta em bancos tradicionais.

Agência física transmite segurança

Os clientes frequentam cada vez menos as agências físicas. Considerando pessoas de todas as idades, sete em cada dez nunca ou raramente recorrem a um ponto físico de atendimento. E apenas uma minoria utiliza os estabelecimentos uma vez ao mês (17%), semanalmente (8%) ou diariamente (4%), segundo a Pesquisa Panorama do Sistema Bancário Brasileiro.

Foram ouvidos 3 mil consumidores bancarizados, maiores de 18 anos, das cinco regiões do Brasil, entre maio e abril deste ano. Apesar do uso de serviços digitais cada vez mais frequente, mais da metade (52%) disseram que considerariam trocar de banco, caso o atendimento da instituição com a qual se relacionam atualmente migrasse exclusivamente para o digital. A percepção é de que as agências físicas dão a percepção de segurança para os clientes.

O que faz mudar de banco

Ainda de acordo com o levantamento, a busca por melhores condições financeiras estão entre os principais motivos para os clientes mudarem de uma instituição financeira.

Em investimentos, para 60% dos entrevistados, o menor custo das tarifas e serviços é o principal motivador para uma eventual mudança de instituição para os consumidores que têm conta num banco tradicional. O fator é decisivo também para os bancos digitais (58%) para as corretoras (69%), e para os bancos médios e cooperativas (68%). Para os desafiantes digitais, a experiência digital em é fator de mudança, na opinião de 54% dos respondentes, quando o assunto é investimentos.

Quando o foco é tomar crédito, as taxas de juros lideram as motivações. O quesito é apontado como causa de mudança para 71%, no caso de bancos tradicionais. Nos digitas, índice é de 69%. Para corretoras 58% e, no caso de bancos médios e cooperativas, 63%.

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