Até 2028, o número de milionários no Brasil está previsto para aumentar em 22%, o que representa um acréscimo de 83 mil pessoas com um patrimônio líquido igual ou superior a US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,43 milhões pela taxa de câmbio atual), de acordo com o “Global Wealth Report 2024” do UBS.
Com esse crescimento, o total de indivíduos nesse grupo seleto no Brasil alcançará 463,8 mil. Esse panorama surge em meio a um aumento de 375% na riqueza média por adulto em reais desde a crise financeira de 2008, acompanhado por um aumento de 16,8% na concentração de renda no país.
Isso coloca o Brasil em terceiro lugar no ranking de maior desigualdade entre 56 nações, ficando atrás apenas da Rússia e da África do Sul, conforme relatado pelo banco suíço. Os rendimentos globais sofreram uma queda há 16 anos e novamente em 2022, com o enfraquecimento dos mercados financeiros em quase todas as principais economias.
Esse movimento foi revertido no ano passado e mais do que compensou a queda anterior, impulsionado pela valorização do dólar e pelos ganhos na Europa, Oriente Médio e África.
No entanto, muitas pessoas podem não ter sentido essas mudanças ou até mesmo não terem percebido, conforme relatado pelo UBS. Isso se deve à desigualdade.
“Os números da riqueza são inflacionados por um grupo de alta riqueza no topo, o que exagera a riqueza da população em geral”, explicou o banco.
Por outro lado, “a desigualdade tem tendido a aumentar ao longo dos anos em mercados de rápido crescimento, mas diminuiu em várias economias desenvolvidas e maduras”, como nos Estados Unidos, que em 2023 tinha o maior número de milionários.
Fonte: CNN Brasil