BNDES aprova R$ 1,9 bi para Azul comprar 10 jatos da Embraer

Aloizio Mercadante sugeriu que compra de aviões da fabricante brasileira deveria ser uma contrapartida do pacote de apoio às companhias aéreas que ainda será lançado pelo governo

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O BNDES aprovou um empréstimo de R$ 1,9 bilhão para a Azul Linhas Aéreas comprar dez jatos comerciais E195-E2 da Embraer, no primeiro financiamento do tipo com uma companhia aérea brasileira em 14 anos, se antecipando à linha de apoio que o governo federal ainda lançará para ajudar o setor, informou nesta sexta-feira a instituição de fomento.

Duas semanas atrás, o presidente do banco, Aloizio Mercadante, , a terceira maior da indústria aeronáutica global, deveria ser uma contrapartida da futura linha de apoio, que deverá recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac).

Das três principais companhias do mercado brasileiro de aviação, apenas a Azul voa com aeronaves da Embraer. A fabricante nacional é especializada em jatos de menor porte, como jatinhos particulares e aviões para a aviação regional. O maior mercado da Embraer é os EUA, onde a aviação regional é forte.

Segundo o BNDES, esse é o maior financiamento do banco para a aquisição de aeronaves por parte da Azul Linhas Aéreas. Ainda nos primeiros anos de operação da companhia aérea, o BNDES havia aprovado um empréstimo de R$ 360 milhões, em 2009, e outro de R$ 330 milhões, em 2010.

Embraer, uma das maiores clientes do BNDES

O financiamento de compras de aeronaves da Embraer é tradicional no BNDES e faz com que a fabricante brasileira seja a segunda maior cliente histórica do banco de fomento, atrás apenas da Petrobras.

Como os principais mercados de aviação regional ficam fora do país, a maior parte dessas operações são de financiamento às exportações. Duas semanas atrás, o BNDES anunciou um empréstimo de R$ 4,5 bilhões para financiar uma encomenda de 32 jatos E175 feita pela American Airlines.

R$ 4 bilhões em pacote de apoio

Apesar do financiamento do BNDES para a Azul, o governo federal vem adiando o anúncio de um pacote mais amplo de apoio às companhias. O lançamento já chegou a ser prometido para abril, mas ajustes no modelo de funcionamento foram justificando os atrasos.

No último desenho do pacote, o Fnac, que já existe e é formado por contribuições de taxas pagas pelas empresas do setor, teve suas regras alteradas. Com isso, o BNDES poderá lançar mão desses recursos para fazer empréstimos diretamente às companhias aéreas. Um projeto de lei com as alterações passou em junho no Senado.

Com isso, será possível financiar compra de aeronaves e demais investimentos. O governo pretende socorrer as empresas em cerca de R$ 4 bilhões neste ano.

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