O mercado de apostas no Brasil é estimado em gerar entre R$ 8 bilhões e R$ 20 bilhões por ano, de acordo com um relatório do Itaú BBA. Para alcançar visibilidade, essas empresas investem, em média, R$ 9 milhões anualmente em marketing, um montante que representa de 45% a 75% de suas receitas, muito acima da média global. No Reino Unido, onde o mercado é mais maduro, o gasto com marketing é cerca de 20% da receita bruta, enquanto nos Estados Unidos, em expansão, é de aproximadamente 30%.
No último ano, os brasileiros gastaram R$ 68,2 bilhões em apostas, mas, em termos líquidos, perderam R$ 23,9 bilhões, segundo o Itaú, que leva em conta tanto o valor apostado quanto os ganhos. Um estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) revelou que 60% dos brasileiros que apostaram acabaram perdendo dinheiro, afetando suas finanças pessoais.
Esse crescimento tem atraído a atenção das autoridades. O Brasil ocupa a terceira posição mundial em consumo de apostas, atrás apenas dos EUA e do Reino Unido, conforme dados da Comscore. Com o acesso facilitado a cassinos online e jogos de azar, a ludopatia, ou jogo compulsivo, está aumentando, afetando cerca de dois milhões de brasileiros, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A nova lei, sancionada em dezembro de 2023, prevê a tributação das empresas de apostas assim que elas começarem a operar oficialmente no Brasil. Em julho, o Ministério da Fazenda publicou regras para apostas e jogos online, mas novas regulamentações ainda serão necessárias para sua implementação total. O governo estima arrecadar R$ 12 bilhões por ano, com o setor movimentando R$ 120 bilhões em 2023, um aumento de 71% em relação a 2020.
Fonte: Forbes Brasil