Pelo segundo mês consecutivo, bares e restaurantes registram alta no volume de vendas na Paraíba

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Foto/divulgação
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Os índices de vendas apurado pela Abrasel em maio e junho superaram os registrados em 2023, mas o cenário nacional está retraído.

Após ter registrado alta em maio, o setor de bares e restaurantes no Brasil apresentou queda de 0,7% no volume de vendas em junho. Os dados são do Índice de Atividade Econômica Abrasel-Stone. Na contramão dessa tendência, o setor na Paraíba registrou a segunda alta consecutiva com índices de 2,5% em junho e 6,3% em maio. Os dois registros são superiores aos do ano de 2023 quando, em maio, houve retração de 5,1% e, em junho, alta de 1,1%.

Em nível nacional, mesmo com o Dia dos Namorados, uma das datas mais rentáveis para o setor no ano, os estabelecimentos não conseguiram superar a alta registrada em maio. Em comparação com o mesmo período do ano passado, bares e restaurantes também tiveram desempenho negativo, com queda de 0,3% nas vendas.

No panorama geral, o índice apresentou uma retração mensal em 15 estados brasileiros, com Tocantins (-3%), Alagoas (-2,9%) e Espírito Santo (-2,7%) registrando os piores resultados. Já as regiões que mais tiveram alta foram Paraíba (2,5%), Amazonas (1,9%) e Mato Grosso (1,2%).

O presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, sinaliza que o setor tem enfrentado problemas como baixo volume de vendas e dificuldade em repassar a inflação para os cardápios. O resultado disso é evidenciado na última pesquisa da Abrasel, em que 64% dos empreendedores afirmaram ter operado sem fazer lucro, sendo 25% em prejuízo e 39% em equilíbrio.

Inflação dos alimentos pode explicar queda nacional nas vendas em bares e restaurantes.

“Com os resultados deste mês, o setor fecha o primeiro semestre de 2024 com desempenho volátil e queda acumulada de 2,3% em comparação ao mesmo período de 2023 – resultado explicado principalmente por um mês de janeiro bem abaixo das expectativas”, diz Matheus Calvelli, cientista de dados e pesquisador responsável pelo levantamento.

“Não obstante, é importante frisar que o setor vem reduzindo esta diferença ao longo do semestre, o que melhora os prospectos para o restante do ano”, finaliza o cientista.

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Redação
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