O Banco Central incluiu o estudo de alternativas para o crédito imobiliário entre suas ações estratégicas para 2025. A informação foi apresentada nessa segunda-feira, 14, durante uma live com a participação do secretário-executivo da instituição, Rogério Lucca.
Segundo Rogério Lucca, o objetivo é avaliar tanto novas formas de financiamento quanto melhorias no processo de concessão de crédito. “Estamos debruçados, priorizando alternativas tanto de financiamento quanto de melhorar o processo de concessão”, afirmou.
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A principal fonte de recursos para o crédito habitacional no país é a caderneta de poupança, por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). No entanto, os saques nas contas vinculadas ao sistema vêm superando os depósitos de forma contínua. Em 2024, o SBPE registrou uma saída líquida de R$ 21,7 bilhões.
O cenário se mantém em 2025. Apenas no mês de março, os saques superaram os depósitos em R$ 11 bilhões, segundo relatório do Banco Central. Foram depositados R$ 340 bilhões e sacados R$ 351 bilhões. No acumulado do primeiro trimestre, a diferença negativa chega a R$ 45,7 bilhões — quase o triplo do saldo registrado em todo o ano de 2024, que foi de R$ 15,5 bilhões.
A saída de recursos da poupança tem sido atribuída à migração dos investidores para ativos com maior rentabilidade, como títulos públicos e produtos de renda fixa. Embora essa movimentação represente uma diversificação dos investimentos por parte dos brasileiros, impacta diretamente o funding do crédito imobiliário.
A queda na captação afeta o volume de financiamento habitacional disponível, especialmente via Caixa Econômica Federal, principal agente financiador da casa própria no país.
Redação com informações do Valor Investe
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