Balança comercial tem superávit de US$ 2,1 bilhões em janeiro, queda de 65,1% em relação ao ano passado

Este foi o pior resultado registrado no mês de janeiro desde 2022, quando houve déficit de US$ 59 milhões

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A balança comercial brasileira registrou superávit (quando as exportações superam as importações) de US$ 2,1 bilhões em janeiro, divulgou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta sexta-feira. O resultado representa uma queda de 65,1% em relação a janeiro do ano passado, quando houve superávit de US$ 6,2 bilhões, recorde para o período.

Em janeiro, as exportações somaram US$ 25,18 bilhões, enquanto as importações alcançaram US$ 23 bilhões.

Este é o pior resultado registrado no mês de janeiro desde 2022, quando houve déficit de US$ 59 milhões.

Segundo o governo, as exportações da agropecuária caíram em 10,1%, alcançando US$ 3,79 bilhões no mês passado. O setor de indústria extrativa também registrou queda em relação ano passado, de 13,6%, somando US$ 7,07 bilhões. A indústria da transformação vendeu US$ 14,18 bilhões para o exterior em janeiro, e registrou um crescimento de 0,1%% em relação a 2024.

O MDIC aponta que a retração nas exportações do setor agrícola foi puxada principalmente pela queda na venda de trigo e centeio, não moídos (-39%), milho não moído, exceto milho doce (-29,9%) e soja (-70,1%).

O comércio de óleos brutos de petróleo, minério de ferro e café torrado registraram os maiores volumes de venda na balança comercial brasileira. Confira:

  • Óleos brutos de petróleo: US$ 4,47 bilhões, com queda de 8,3%
  • Minério de ferro: US$ 2,19 bilhões, com recuo de 22%
  • Café não torrado: US$ 1,32 bilhão, com alta de 79,4%
  • Celulose: US$ 1,01 bilhão, com alta de 44,2%
  • Açucares e melaços: US$ 995 milhões, com queda de 42%

Apesar de seguirem os principais parceiros comerciais do país, China e Macau registraram uma queda de 29% nas exportações brasileiras em janeiro. A Argentina, por outro lado, aumentou as compras de produtos do Brasil em 58%. Confira os maiores compradores:

  • China e Macau: US$ 5,57 bilhões, com queda de 29,7%
  • União Europeia: US$ 3,98 bilhões, com alta de 28,3%
  • Estados Unidos: US$ 3,21 bilhões, com redução de 4,3%
  • Associação de Nações do Sudeste Asiático: US$ 2,02 bilhões, com recuo de 24,5%
  • Mercosul: US$ 1,67 bilhão (+35%), sendo US$ 1,21 bilhão somente para a Argentina (+58%).

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