Azul diz que bilhetes serão honrados e que mira aviões antigos em revisão da frota

Empresa obteve aprovação dos primeiros pedidos feitos à Justiça dos EUA como parte do plano de recuperação judicial, incluindo financiamento inicial de US$ 250 milhões

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A Azul Linhas Aéreas (Foto: Reprodução)
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A Azul afirmou nesta sexta-feira que o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos não afeta os clientes e que todos os bilhetes comprados serão honrados. A companhia também informou que o plano de reestruturação da frota de aeronaves terá como foco a devolução de modelos mais antigos e que não estão em operação.

A companhia aérea entrou na quarta-feira com o Chapter 11, processo da Justiça americana que é equivalente à recuperação judicial no Brasil. A expectativa da companhia é que o processo seja concluído ao fim de 2025. Até lá, a empresa vai deixar em segundo plano o acordo firmado com a Gol, no início do ano, para fusão.

Fábio Campos, vice-presidente Institucional e Corporativo da Azul, afirmou que a malha de operação da companhia, que envolve 273 rotas diretas no Brasil, não será revista em razão do processo, mas que continuará sendo avaliada de forma constante, como já ocorre.

— A empresa olha todo dia para a sua malha, rota a rota, voo a voo e avalia, obviamente, como estão indo esses voos, como está a demanda e como está isso aparece no global da malha da Azul. Fazemos adaptações constantemente. Isso, obviamente, continua.

O executivo, em coletiva com jornalistas nesta quinta-feira, também deu mais detalhes sobre o plano de enxugamento da frota. O objetivo da Azul é reduzir em até 35% sua frota futura. O cálculo considera aeronaves que hoje estão fora de operação, por obsolescência ou falta de peças, por exemplo, e também encomendas que seriam entregues nos próximos anos.

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À Justiça americana, a Azul solicitou autorização para rejeitar os contratos de leasing de 11 aeronaves e 7 motores O pedido foi aprovado pela corte na quinta-feira,.

— Muitos dos aviões incluídos nessa redução já não estão voando, dado o problema da cadeia de suprimentos mundial na aviação. São aeronaves que já estavam paradas por falta de motores durante os últimos meses ou por falta de peças e por isso não estavam voando — afirmou o executivo. Outra parte desse s35% são pedidos futuros.

O plano da Azul é manter apenas modelos de nova geração, como os Embraer E2, e os modelos da Airbus A320, dos A330, segundo ele. O objetivo é “não manter os aviões que não fazem mais sentido”. Entre eles, o executivo citou os modelos E1 e Embraer 195.

O executivo destacou que todas as moções apresentadas na audiência de primeiro dia foram aprovadas sem objeções, entre elas a aprovação de financiamento emergencial de US$ 250 milhões, que já está no caixa da empresa. A próxima audiência está marcada para 9 de julho e deve tratar da formalização de novas do processo.

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