
Com a recente elevação das taxas de juros para o financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal, o custo de adquirir um imóvel com financiamento tem se tornado mais elevado. A advogada especialista em financiamento imobiliário, Daniele Akamine, fez simulações para diferentes faixas de valor de imóveis, considerando uma entrada de R$ 100 mil e o financiamento do saldo restante.
Para um imóvel de R$ 350 mil, com a entrada de R$ 100 mil, as opções de financiamento podem ser feitas tanto pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) quanto pela Tabela Price (TP). A escolha entre esses sistemas de amortização influencia diretamente o valor das parcelas e o total pago ao longo do financiamento.
O Sistema SAC oferece parcelas iniciais mais altas que diminuem ao longo do tempo, enquanto a Tabela Price oferece parcelas fixas, mas geralmente mais altas ao longo do contrato.
As simulações de Akamine indicam que a Caixa Econômica Federal, embora seja uma das principais instituições de financiamento do Brasil, apresenta custos mais altos em comparação ao Santander em algumas faixas de financiamento.
Para um financiamento de R$ 250 mil, por exemplo, a Caixa oferece taxas de juros de 7,93% a 11,49%, dependendo do sistema de amortização escolhido, resultando em um valor total pago que pode variar entre R$ 660.483,94 e R$ 966.423,79. Por outro lado, o Santander, com uma taxa de juros de 11,99%, apresenta o custo total mais baixo para essa faixa de valor, com um valor de R$ 787.065,39.
Para imóveis de valores mais elevados, como os de R$ 450 mil e R$ 800 mil, o cenário segue semelhante, com a Caixa tendo custos totais mais elevados quando comparada ao Santander. A tabela de financiamento para imóveis de R$ 450 mil e R$ 800 mil revela que o Santander mantém o custo mais baixo, seguido por Itaú e Bradesco.
Em relação à renda necessária, os valores podem variar conforme a instituição financeira. Por exemplo, para um financiamento de R$ 250 mil com a Caixa, o valor mínimo de renda mensal exigido é de R$ 6.105,90 no sistema TP do MCMV e R$ 9.919,57 no SAC, enquanto o Santander exige uma renda mínima de R$ 10.353,17 no SAC.
Diante desses custos, Akamine recomenda que os compradores interessados em financiar imóveis façam uma análise detalhada de sua situação financeira, considerando a capacidade de arcar com as parcelas ao longo do financiamento, que pode durar até 35 anos. Ela destaca também a importância de priorizar imóveis dentro da faixa do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), para obter taxas de juros mais baixas, além de observar com atenção as taxas, condições do contrato e o indexador utilizado.
A advogada ainda orienta que, no momento da escolha do imóvel, o comprador leve em consideração a previsão de despesas futuras e evite comprometer a saúde financeira no longo prazo.
Redação com informações do Isto É Dinheiro
Receba todas as notícias do Paraíba Business no WhatsApp