Aumento de impostos reduz crescimento do país e causa perda de eficiência, dizem banqueiros

CEOs dos principais instituições financeiras privadas do país defenderam a necessidade de revisão dos gastos públicos e busca do equilíbrio fiscal pelo corte de despesas

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Roberto Saloutti, CEO do BTG: aumento de impostos reduz PIB potencial e traz perda de eficiência ao país — Foto: Linkedin
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Os principais CEOs de bancos privados do país defenderam que o governo precisa fazer uma revisão de gastos e que a busca do equilíbrio fiscal não deve ser feita apenas pelo lado da receita. Para eles, aumentar tributos, como está sendo proposto para o cumprimento do arcabouço fiscal, tem consequências como redução do PIB potencial do país e perda de eficiência.

Os banqueiros participaram de um painel da Febraban Tech 2025, evento de inovação e tecnologia do setor financeiro, que acontece no Expo Transamérica, na zona Sul de São Paulo.

Roberto Saloutti, CEO do BTG Pactual, defendeu a busca de maior eficiência dos gastos públicos para que não seja preciso aumentar tributos. Ele disse que a elevação da carga tributária tem consequências como redução do PIB potencial (capacidade de crescimento do país) e perda de eficiência.

— Nós somos obrigados a rever despesas, temos concorrência acirrada e o govenro tem o monopólio para tributar. Mas até esse monopólio não funciona e a sociedade rege. Acho que independente de eleição é preciso fazer uma revisão dos gastos. Quanto mais PIB potencial, melhor para a sociedade. Agora as consequências de aumentar tributos podem ser imperceptíveis agora, mas no futuro haverá aumento do custo Brasil e perda de eficiência — afirmou.

O presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, disse que no debate sobre a busca pelo equilíbrio fiscal, sempre defendeu que ele viesse pelo lado das despesas e não pelo aumento da receita. Ele afirmou que mantém uma postura construtiva em relação ao Congresso e ao Executivo para dialogar e mostrar as causas e efeitos para a economia de cada medida.

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— E isso (aumento de impostos) pode criar ônus desnecessário para algumas empresas. É preciso manter um caminho construtivo, independente do partido. Não é só ciriticar, queremos influenciar positivamente — disse Noronha.

Mario Leão, CEO do Santander Brasil, disse que é importante que os debates que estejam acontecendo sobre o tema fiscal possam evoluir para agendas e reformas estruturantes este ano e em 2026. Ele defendeu que sejam atacados temas históricos no país, e não temas partidários.

— O sistema financeiro tem sido pró-ativo. Ninguém acorda querendo pagar mais impostos. O Brasil precisa enfrentar de forma definitiva esses temas históricos — afirmou.

Milton Maluhy, presidente do Itaú, afirmou que ‘nosso partido político é o Brasil’, e que os representantes do sistema financeiro influenciem de forma ética as discussões e que a polarização precisa ser dexada de lado, ‘sem que se olhe para o próprio umbigo’.

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