Um estudo realizado pelo Itaú Unibanco estima que os apostadores brasileiros enviaram R$ 68,2 bilhões a sites de apostas e jogos on-line entre julho de 2023 e junho de 2024. Durante esse período, os usuários conseguiram sacar R$ 44,3 bilhões, resultando em uma perda de R$ 23,9 bilhões. Esse valor corresponde a 0,22% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e indica que, em média, para cada R$ 3 apostados, R$ 1 é perdido.
Os economistas Luiz Cherman e Pedro Duarte, do Itaú Unibanco, foram responsáveis pelos cálculos, utilizando dados do levantamento de setor externo do Banco Central.
Regulamentação das apostas on-line
A partir de 1º de janeiro de 2025, casas de apostas não autorizadas a operar no Brasil estarão sujeitas a penalidades. As plataformas que desejam continuar operando no próximo ano têm até o dia 20 de agosto de 2024 para solicitar autorização junto ao Sistema Geral de Apostas, administrado pela Secretaria de Prêmio e Apostas do Ministério da Fazenda.
O mercado de apostas on-line no Brasil tem registrado crescimento significativo nos últimos anos. De acordo com um levantamento da PwC Strategy&, o número de empresas de apostas no país aumentou de 51 em 2020 para 308 no primeiro trimestre de 2023. A PwC estima que o mercado global de apostas esportivas movimenta cerca de US$ 84 bilhões anualmente, com o Brasil representando aproximadamente US$ 1,7 bilhão (R$ 9,27 bilhões).
Novas regras para apostas on-line
Em 1º de agosto de 2024, o Ministério da Fazenda publicou quatro novas portarias para regulamentar as apostas on-line, incluindo apostas esportivas e jogos como caça-níqueis, roleta e crash. Essas regras entrarão em vigor em janeiro de 2025 e incluem medidas para prevenir a dependência dos apostadores, como a suspensão do acesso à plataforma em casos de risco elevado de dependência.