Alta de mais de 8% no IGP-M pressiona aluguéis e acende alerta entre inquilinos na Paraíba

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O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), índice tradicionalmente usado para reajustar contratos de aluguel, acumula alta de mais de 8% nos últimos 12 meses e acende o alerta entre os inquilinos. Segundo o diretor secretário do CRECI-PB, Lamark Leitão, “os inquilinos precisam negociar antes de serem engolidos pelo reajuste”. A recomendação reforça o impacto financeiro que esse aumento pode trazer, especialmente em contratos que ainda utilizam o IGP-M como referência.

A alta do índice está atrelada a uma combinação de fatores, entre eles a valorização do dólar, o aumento das commodities como soja e minério de ferro, e eventos externos, como conflitos internacionais e seus efeitos sobre os custos logísticos. O IGP-M é composto por três subíndices: o IPA (60%), que reflete preços no atacado; o IPC (30%), que acompanha a inflação ao consumidor; e o INCC (10%), que considera os custos da construção civil.

Alternativas para fugir do IGP-M

Para driblar o impacto do reajuste, especialistas e o próprio CRECI-PB apontam alternativas viáveis. “É possível trocar o índice do contrato por meio de um aditivo, optando, por exemplo, pelo IPCA, que reflete melhor o custo de vida do consumidor”, explica Lamark Leitão.

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Além disso, renegociar diretamente com o proprietário ou buscar imóveis com contratos mais vantajosos são estratégias recomendadas, especialmente em regiões com maior oferta de imóveis. A vendedora Brenda Cristina, por exemplo, afirma que nunca teve reajuste significativo por manter um bom diálogo com o locador. “O salário não acompanha esses aumentos. Sempre tento conversar com o proprietário para evitar um reajuste pesado.”

IPCA ganha força na Paraíba

Nos últimos anos, especialmente após os picos do IGP-M entre 2020 e 2022, o IPCA tem se consolidado como a principal alternativa ao índice tradicional. Na Paraíba, essa transição já é observada em novos contratos. O IPCA apresenta maior estabilidade e menor influência cambial, o que favorece uma correção mais previsível.

Confira abaixo uma comparação entre os dois índices:

ÍndiceVantagensDesvantagens
IGP-MTradicional e divulgado antes do mês de referênciaVolátil e sensível a fatores externos, como o câmbio
IPCAReflete melhor a inflação do consumidor, é mais estávelDivulgado após o mês de referência

Negociar é essencial

A recomendação de Lamark Leitão é clara: “Os inquilinos não devem esperar o reajuste chegar. Devem se antecipar, conhecer seus direitos e buscar acordos que caibam no bolso.” Com a inflação pressionando os índices e os salários não acompanhando o mesmo ritmo, renegociar contratos virou uma necessidade para muitos brasileiros.

Fonte: Portal WSCOM

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Redação
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