Alta da Selic e custos de aluguel impactam mercado imobiliário brasileiro

Além do encarecimento das parcelas, a alta da Selic tem desacelerado a valorização dos imóveis

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(Foto: Reprodução / Istock)

A recente oscilação da Taxa Selic tem trazido desafios ao mercado imobiliário e aos financiamentos habitacionais no Brasil. A elevação da taxa de juros brasileira encarece o crédito, reduzindo o poder de compra dos consumidores e impactando a valorização de imóveis.

Carlos Castro, da plataforma SuperRico, explica que a Selic é um fator importante para os custos dos financiamentos. “Quando a taxa está em alta, o crédito se torna mais caro, o que reduz o poder de compra e afeta a valorização dos imóveis”, afirmou.

Para mitigar o impacto dos juros elevados, Castro recomenda uma entrada maior no financiamento e o planejamento financeiro adequado.

Além do encarecimento das parcelas, a alta da Selic tem desacelerado a valorização dos imóveis. Mesmo assim, o cenário atual oferece oportunidades de negociação, com incorporadoras apresentando condições mais atrativas, como descontos e maior flexibilidade de pagamento.

Alta no aluguel residencial

De acordo com o Índice FipeZap, o preço médio do aluguel residencial no Brasil subiu 13,5% em 2024, atingindo R$ 48,12 por metro quadrado. Esse aumento superou a inflação oficial, medida pelo IPCA, que ficou em 4,83%. Apesar disso, a alta representa uma desaceleração em comparação com 2022 (16,55%) e 2023 (16,16%).

Entre as capitais, Salvador liderou o aumento dos aluguéis, com uma alta de 33,07%, seguida por Campo Grande (26,55%) e Porto Alegre (26,33%). Já São Paulo, maior cidade do país, registrou um aumento de 11,51%, enquanto o Rio de Janeiro teve uma expansão de 8%. Maceió apresentou o menor aumento, de 3,35%, abaixo da inflação oficial.

O levantamento destaca ainda que imóveis de um quarto tiveram o maior aumento no preço de aluguel, com 15,18%, alcançando R$ 63,15 por metro quadrado. Já imóveis de dois quartos apresentaram um valor médio de R$ 44,84 por metro quadrado.

O índice FipeZap considera os preços de novos aluguéis e não incorpora reajustes de contratos vigentes, captando de forma dinâmica as variações na oferta e demanda por moradia.

Perspectivas para o mercado

Enquanto a alta da Selic impõe barreiras ao acesso ao crédito, oportunidades de negociação podem surgir no setor imobiliário. Para locatários, o aumento dos aluguéis reforça a importância do planejamento financeiro e da busca por opções que atendam às necessidades dentro do orçamento.

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Redação
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