Ações do Magazine Luiza disparam após anúncio de parceria com AliExpress

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Empresas anunciaram nesta segunda-feira que produtos do varejista chinês serão vendidos no e-commerce do Magalu

Após o anúncio de uma parceria com o e-commerce chinês AliExpress, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) abriram em alta de 7,94%, cotadas a R$ 11,69. Antes da abertura do pregão, as ações estavam em leilão. Durante a manhã, o movimento ganhou tração e o papel abriu margem na liderança das altas do Ibovespa. Perto das 15h35, subia 10,06%, a R$ 11,92.

Assim como outras varejistas, os papéis do Magazine Luiza vêm sofrendo nos últimos tempos. No ano, a companhia já acumula quase 50% de queda. Portanto, pelo menos neste primeiro momento, o anúncio foi bem recebido pelo mercado e deu fôlego às ações da companhia.

Entenda a parceria

Segundo Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza, o acordo prevê “duas pernas”: a venda de produtos do Magalu na plataforma do AliExpress e a venda de produtos do AliExpress no e-commerce da varejista brasileira. De acordo com o executivo, os produtos serão “complementares”, de forma a aumentar o sortimento das companhias.

“O acordo prevê duas pernas: a primeira é que serão disponibilizados produtos das marcas do AliExpress, complementares ao Magalu, na plataforma do Magalu, E isso aumenta nosso sortimento e acelera a estratégia do Magalu de diversificação de categorias e aumento de frequência de compras”, afirmou o executivo na entrevista. Segundo Trajano, a ideia é que a parceria seja colocada em prática o “quanto antes”, possivelmente antes do próximo trimestre.

Ainda de acordo com o executivo, as negociações estavam sendo feitas desde o final do ano passado. Ele afirma que os pedidos dos produtos AliExpress serão feitos no Brasil por meio do certificado do programa Remessa Conforme, que prevê que os impostos das compras internacionais passam a ser declarados e pagos antes de chegarem em solo nacional.

De acordo com Trajano, “as sinergias da parceria são imensas”, uma vez que “as duas plataformas têm, no Brasil, mais de 700 milhões de visitas por mês”.

Como ficam as receitas?

Em relação às receitas das vendas feitas em cada um dos canais, o executivo afirma que foram negociadas taxas e comissões (chamadas no jargão do mercado de “take rates”), assim como acontece com outros vendedores parceiros do marketplace.

“Como o AliExpress é um vendedor, todos os produtos vendidos pelo AliExpress no Magalu, nós vamos cobrar um ‘take rate’ pelas vendas. Esse ‘take rate’ foi negociado ao longo desses mais de sete meses de conversa e ficou bom para as duas partes. E quando nós, do Magalu, vendermos no canal do AliExpress, nós vamos pagar um take rate para o AliExpress”, explica.

O que venderá em cada um?

Trajano fez questão de reforçar que há um complemento do que será vendido em cada um dos marketplaces. Ele exemplifica que produtos da linha de “bens duráveis”, como geladeiras e eletrodomésticos, são um braço forte no Magazine Luiza, mas não são vendidos pelo AliExpress. Portanto, itens deste tipo serão anunciados pelo Magalu no varejista chinês.

Por outro lado, produtos de categorias como acessórios de informática, vestuário, ferramentas e produtos para bebê, serão vendidos pelo AliExpress no Magazine Luiza. Trajano reforça que “não são itens, que necessariamente não há no Magalu”, mas que há um “sortimento limitado porque nunca foi o foco principal da companhia”.

Fonte: G1

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Redação
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