Desde janeiro, este é o segundo reajuste, quando o imposto de importação, zerado desde 2016, voltou a ser cobrado gradualmente. Antes, a taxa era de 12% para híbridos convencionais e plug-in e 10% para veículos elétricos.

Passa a valer hoje (1°) no Brasil, a taxação de 25% para modelos híbridos, 20% para híbridos plug-in e 18% para carros totalmente elétricos. Dois novos aumentos estão previstos para 2025 e 2026, apesar da pressão de marcas ligadas à Associação Nacional das Fabricantes de Veículos (Anfavea) pela antecipação da cobrança. Importante destacar que a decisão de passar o imposto integral ao consumidor é da própria fabricante.
Diversas fabricantes se anteciparam ao novo aumento do imposto. Uma delas é a BYD, que trouxe um navio cargueiro com mais de 5,5 mil carros em maio para reforçar o seu estoque. Modelos que já estão em solo brasileiro não pagam o novo reajuste.

A indústria brasileira ainda não produz carros elétricos. Até o momento, apenas os modelos Toyota Corolla e Corolla Cross são feitos localmente com motores híbridos, em Indaiatuba (SP). Mais de R$ 80 bilhões já foram investidos no setor apenas em 2024. Apesar do montante, deve levar algum tempo até que os próximos híbridos nacionais das grandes marcas apareçam.
As marcas chinesas também estão mais avançadas neste sentido. Ainda em 2024, a Caoa Chery vai produzir o Tiggo 8 híbrido em Anápolis (GO) no regime CKD. As peças serão importadas da China para que o SUV seja montado, pintado e finalizado no Brasil.
A GWM, por sua vez, confirmou o início da produção de modelos pré-série do Haval H6 em Iracemápolis (SP). O SUV híbrido nacional deve chegar às lojas apenas no primeiro trimestre de 2025.