5G no campo: governo prevê 75% das localidades rurais até 2030

A aplicação prevista é de mais de R$ 1 bilhão. Esses recursos poderão beneficiar 52 mil escolas rurais, que devem ser atendidas até 2026

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(Reprodução/Flickr)
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Dados apresentados pelo secretário das Telecomunicações, Hermano Tercius, indicam que é provável que o novo diagnóstico da conectividade rural que será publicado pela Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações), mostre um avanço da conexão no campo.

De acordo com ele, o leilão 5G, realizado em 2021, contribuirá para levar soluções de conectividade a 75% das áreas rurais reconhecidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) até 2030. “Temos uma taxa de, pelo menos, 680 atendidas por ano e a partir do ano que vem dobra essa taxa para 1.360 a localidades rurais. Temos ainda mais 1.700 localidades que são das pequenas prestadoras que vão ser atendidas até 2030”, declara.

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Em relação aos 25% restantes do leilão, Tercius ponderou que deverão ser resolvidos por outras fontes de recurso, “inclusive emendas parlamentares”. Outro caminho para viabilizar a conectividade rural é utilizar recursos do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações). Composto por 1% da receita bruta das empresas de telecomunicação, o fundo deveria financiar a expansão da telefonia fixa, hoje estagnada no país.

A ideia é usar o dinheiro para fornecer benefício fiscal de maneira reembolsável. A aplicação prevista é de mais de R$ 1 bilhão. Esses recursos poderão beneficiar 52 mil escolas rurais, que devem ser atendidas até 2026.

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Para Renato Bueno, diretor financeiro na ConectarAGRO e diretor de novos negócios para América Latina na Nokia, as fontes de recursos reembolsáveis podem facilitar a chegada da internet às escolas no campo. A conexão de uma área de 100 mil hectares contempla dezenas de escolas, diz ele. “O uso de aplicação de verbas parlamentares é uma oportunidade muito grande e a cobertura no campo requer uma infraestrutura que tem custo, então qualquer tipo de subsídio acelera a escala e rentabilidade dela”, afirma Bueno.

Distritos Agrotecnológicos

A pretensão do Ministério das Comunicações é também criar “distritos agrotecnológicos”, voltados para pequenos e médios produtores. O projeto piloto contemplou um grupo de agricultores de São Miguel de Arcanjo, cidade no interior de São Paulo. Depois de 60 produtores receberem internet, os custos deles caíram 24%, e os ganhos cresceram 28%.

A previsão é fazer nos próximos dois anos mais 10 distritos, a um custo de R$ 24 milhões. Nos quatro anos seguintes, o objetivo é chegar a 1.896 distritos. “Cada distrito segue dois modelos, de 500 e mil produtores, tendo um custo de R$ 2,5 milhões para o menor e R$ 5 milhões para o maior”, afirma o secretário.

Fonte: Tilt Uol


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Redação
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